MINI-CURSOS ( OFICINAS)



 1 - “ENCONTRO E DESENCONTROS: CONEXÕES ENTRE O EU E O OUTRO”
Ana Cláudia Lopes de Assunção (UFPE-UFPB) Mestranda do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais UFPB/UFPE, arte/educadora e arte terapeuta, membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais da UFPB (GPEAV/DAV/CNPQ).
Esta oficina tem por objetivo promover instantes de auto-reflexão sobre as relações do ser com o outro, através de atividades corporais e de pintura. Este é um convite a um mergulho introspectivo e de trocas com o outro, em que através do uso do material expressivo e fluído da pintura possamos dar forma a estas reflexões. (10 participantes).

2 - “A DESCOBERTA DO TRAÇO”
Eduardo Balbino (UFPB) Estudante de Especialização em Arteterapia (UFPB), Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais (GPAEAV/UFPB/CNPQ).
A experiência artística pode intensificar a expressão de vivências, bem como incrementar a conscientização do sensorial e do equilíbrio estético. A expressão mediada possibilita também a mobilização de pulsões reprimidas, facilitando assim uma vida psicológica mais livre. No contexto da Arteterapia, a facilitação de tal tomada de consciência pode ser importante para promover o autoconhecimento, a vitalidade e a qualidade de vida. A expressão artística é central nesse processo, porque é por meio do objeto de criação que temos acesso à informação e registro sobre sentimentos que podem propiciar benefícios sobre o si mesmo e sobre os outros. Essa oficina consiste em desenvolver pinturas com exercícios chamados desenhos cegos, onde serão solicitadas inferências e associações das produções com imagens e, dessa forma, o desenho ou pintura obtido através dos exercícios sem a interferência do visual/racional inicialmente servirão de base para o processo terapêutico. Para isso utilizamos como referência uma técnica de desenho desenvolvida por Margareth Naumburg e sua irmã Florence Cane chamada “screible Drawing” (desenho de rabisco). Nesse processo o imaginário é projetado em linhas casuais que podem registrar um movimento rítmico e um padrão pessoal. A partir da descoberta do traço, conteúdos e significados poderão ser reelaborá-dos,  facilitando o entendimento “do que é essa construção” do si mesmo.  (20 participantes)

3 – “O ORIGAMI COMO ESTIMULO AO IMAGINÁRIO”
Gorete Xavier Lugo (UFPB) – Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais (GPAEAV/UFPB/CNPQ).
Origami é uma técnica milenar oriental de dobradura de papel, o qual busca desenvolver habilidades manuais, concentração, paciência e persistência, possibilitando pessoas a esquecerem momentaneamente seus problemas e suas preocupações. Para Durand (1997, p. 14), o imaginário é o “conjunto das imagens e das relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens”, é o grande e fundamental denominador onde se encaixam todos os procedimentos do pensamento humano. Nesse sentido, o origami se apresenta como estimulo as imagens, na busca do sentido da vida, a partir de uma concepção simbólica da imaginação. Visando estimular o imaginário dos participantes, essa vivência pretende proporcionar momentos de concentração e relaxamento como possibilidades de auto-reflexão para a necessidade do cuidar de si mesmo (15 participantes).

4 – “O CORPO FALA”
Fabiane Alves Balbino – Arte Educadora, Estudante de Especialização em Arteterapia (UFPB), Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais (GPAEAV/UFPB/CNPQ).
Essa oficina de arteterapia busca encontrar a verdadeira expressão do ser dos participantes, onde sonho e realidade se fundem numa composição artística. O fazer artístico se traduz através dos movimentos que o corpo comunica, refletindo sonhos e desejos, conduzindo ao reencontro com o eu, onde o impulso, a intuição e o inconsciente são traduzidos em formas, cores, e movimentos que transcendem os objetos e transformam uma tela branca e fria numa janela, convidando assim os olhos apreciadores a sentirem o sabor da vida. (20 participantes).

5 - "CORPO E CUIDAR NAS DANÇAS CIRCULARES COMO INSTRUMENTO ARTETERAPÊUTICO"
Ana Emilia Antas  –Estudante de Especialização em Arteterapia (UFPB), Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais (GPAEAV/UFPB/CNPQ).
O presente trabalho pretende abordar o potencial arteterapêutico contido nas Danças Circulares assim como, enfocar o autoconhecimento e a importância  do  corpo no processo do cuidar de si, e do outro, para a melhoria da qualidade de vida. Inclui o conceito de cuidar, contido na visão de Fílon de Alexandria,  possibilitado por Jean Yves Leloup (2003), onde o corpo é visto de modo integral, nos níveis físico, mental e espiritual. Utiliza o repertório da Dança Circular, podendo contribuir no desenvolvimento do ser humano, já que contém o simbolismo do círculo, que  constitui um importante meio de integração dos conteúdos e aspectos fragmentados da personalidade. O círculo denota sempre a extrema e integral totalização da vida (JAFFÉ, 1997), sua forma possibilita a colaboração entre seus membros, promovendo a inclusão, pois, nenhuma posição é privilegiada em relação ao centro (WOSIEN, 2000). Como instrumento arteterapêutico, o trabalho com as danças circulares vem  se mostrando eficaz na busca de um cuidar humanizado, que  por sua vez,  tem como foco o  processo de individuação proposto por Jung (1999). Neste caminho, são  explorados a simbologia do corpo, tendo em vista a comunicação lançada pelo inconsciente, assim como  a concentração e atenção no momento presente (CIORNAI, 1999). (20 participantes).

6 - "(RE)DESCOBRINDO A FORÇA DO VENTRE E DA FEMINILIDADE"  
Silvia Xavier da Costa Martins –Arte educadora, estudante de Especialização em Arteterapia (UFPB), Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais (GPAEAV/UFPB/CNPQ).
Esta oficina tem por objetivo oferecer um espaço para vivenciar uma arte milenar e refletir sobre a força do ventre feminino. A dança do ventre é uma atividade essencialmente feminina que alia-se a benefícios psicológicos e terapêuticos e proporciona estímulos e sensações indispensáveis para a vida das mulheres. É um elemento catalisador que pode conduzir a figura feminina à (re)descoberta de novas perspectivas de valorização e/ou compreensão de si mesma. Segundo Bencardini: "Quanto ao aspecto corporal, é uma técnica milenar de intenso condicionamento físico que vai trabalhar de forma completa todos os grupos musculares que formam o corpo humano. Apresenta um elaborado conjunto de movimentos para estimular o comando neuromotor" (2002, p.16). Praticando a dança do ventre a mulher passa a perceber o corpo como veículo da sua mente, melhorando sua forma de se relacionar com o mundo. Quando o corpo trabalha, o cérebro relaxa, aliviando as tensões emocionais. Por isso, a Dança do Ventre é uma verdadeiro convite para um mergulho no autoconhecimento, com grandes possibilidades de resgatar o brilho, a força, a auto estima e a criatividade feminina muitas vezes escondidas nos corações das mulheres da atualidade. 

7- “PERMEANDO O IMAGINÁRIO COM FADAS, PRÍNCIPES E DUENDES: A ARTE DE LER, OUVIR E CONTAR HISTÓRIAS”
 Albanizia Diniz - Lincenciada em Letras pela UFPB; Contadora de histórias; Membro do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais da UFPB e Aluno da especialização em Arte Educação e Cidadania pelo CINTEP. 
As distâncias físicas são encurtadas ao se ouvir uma história, pois para ouvi-la melhor nos aproximamos de quem está contando-a. E no aconchego dos corpos, do ouvir e do imaginário, dependendo do conteúdo compartilhado por meio da narrativa, é que podemos aproximar idéias, afetos e amizades. É o pão da palavra que, carregado de toda uma carga emocional, energética e afetiva, está sendo dividido e multiplicado. O objetivo desta oficina é permear o imaginário dos participantes com fadas, príncipes e duendes, realçando a importância da arte de ler ouvir e contar histórias. Os contos de fadas têm um valor inigualável (BETTELHEIN, 2002), tanto para crianças como para adultos, pois oferecem novas dimensões à imaginação do indivíduo que, verdadeiramente, não poderia descobrir por si só. (20 participantes)